sábado, 20 de fevereiro de 2010

Canto Para Minha morte


Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar

Com que rosto ela virá?
Será que ela vai deixar eu acabar o que eu tenho que fazer?
Ou será que ela vai me pegar no meio do copo de uísque?
Na música que eu deixei para compor amanhã?
Será que ela vai esperar eu apagar o cigarro no cinzeiro?
Virá antes de eu encontrar a mulher, a mulher que me foi destinada,
E que está em algum lugar me esperando
Embora eu ainda não a conheça?

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

Qual será a forma da minha morte?
Uma das tantas coisas que eu não escolhi na vida.
Existem tantas... Um acidente de carro.
O coração que se recusa abater no próximo minuto,
A anestesia mal aplicada,
A vida mal vivida, a ferida mal curada, a dor já envelhecida
O câncer já espalhado e ainda escondido, ou até, quem sabe,
Um escorregão idiota, num dia de sol, a cabeça no meio-fio...

Oh morte, tu que és tão forte,
Que matas o gato, o rato e o homem.
Vista-se com a tua mais bela roupa quando vieres me buscar
Que meu corpo seja cremado e que minhas cinzas alimentem a erva
E que a erva alimente outro homem como eu
Porque eu continuarei neste homem,
Nos meus filhos, na palavra rude
Que eu disse para alguém que não gostava
E até no uísque que eu não terminei de beber aquela noite...

Vou te encontrar vestida de cetim,
Pois em qualquer lugar esperas só por mim
E no teu beijo provar o gosto estranho que eu quero e não desejo,mas tenho que encontrar
Vem, mas demore a chegar.
Eu te detesto e amo morte, morte, morte
Que talvez seja o segredo desta vida
Morte, morte, morte que talvez seja o segredo desta vida

Raul Seixas

Canção do dia de sempre


Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

Mário Quintana

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Aos meus botões


DO AMOROSO ESQUECIMENTO
Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

Mario Quintana.

Tenha Fé!


Por menor que seja a sua fé mantenha-la sempre acesa, ela sera o farol dos que procuram a força na perseverança, por mais que a chama de uma vela seja pequena ela poderá acender outras com o seu fogo que não ilumina os seus passos mais mostra ao seu Deus onde você está!
Por isso continue acendendo velas dentro das pessoas que você ama, e das que você não conhece, porque as vezes a dela está a muito tempo apagada!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Ao meu “Diário”


Diário meu nesses últimos dias tenho vivido coisas boas e ruins, as vezes mais ruins do que boas, mais a partir de amanhã vou seguir outro rumo, novos horizontes são necessários, preciso mudar de caminho, pelo meu bem, preciso esquecer certas lembranças das quais não me arrependo de ter vivido mais me arrependo de lembra-las por sentir-me mau por não viver criar mais momentos com está!
Diário, sei que sou cheio de sobe e desce mais quero apenas o que me faz bem!
É pedir muito, eu sei!
Até mais “Diário”.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Viver como as flores


Viver como as flores



Um homem chamado Alexandre perguntou a Lucas:

- Como faço para não me aborrecer?

Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes, algumas são indiferentes, e continuou...

sinto ódio das que são mentirosas, sofro com as que caluniam.

Então Lucas disse para Alexandre:

- Meu querido irmão... Viva como as flores

- Como é viver como as flores perguntou ele:

- Repare nestas flores, disse Lucas, apontando seus lírios que cresciam no jardim.

Elas nascem no esterco, entretanto, são puras e perfumadas.

Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche

o frescor de suas pétalas.

É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem.

Os defeitos deles são deles e não nossos.

Se não é nosso, não há mal para aborrecimento.

Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora.

Isso é viver como as flores.

Filhinhos, entenderam???

Viva o amor que Deus deixou para cada um de nós...

Assim seremos flores lindas e perfumadas!!!!